Geografista

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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Uma Abordagem sobre a Greve dos Militares no Ceará.

Mais uma vez observamos a fragmentação do Estado. Sem a competencia de organizar,desenvolver e dar a tão sonhada qualidade de vida, as autoridades cearenses(que ja é uma pratica de governantes) acabam se omitindo ao problema e pedem ajuda a união. Cade a soberania do Estado? E a imprensa ? Judiciário? Legislativo?Uma coisa que percebo, nao sei se os amigos concordam, é a falta de grandes mediadores no Ceará recente. É incrivel que não exista na sociedade cearense um líder de envergadura para chamar as partes para uma conversa. Não vejo ninguém. Eu penso em figuras como Dom Aloísio Lorscheider, alguém que todos escutem nos momentos delicados e de crise. Nossos líderes são cada vez menores."Aliás, há uma crise da segurança pública, da saúde pública, da educação pública... Como diz a filósofa Hannah Arendt, o sentido da política é a participação e o bem da maioria. O modelo econômico-político vigente no Ceará há 25 anos está longe, muito longe disso. Não bastam grandes obras e crescimento econômico para o bem estar de nossa população. Fui informado que vários dos atuais policiais são jovens com curso superior -- com isso, são muito mais politizados e organizados. Durante anos, foi-lhes passado a ideia de que o estudo traria uma boa condição social. Óbvo que uma coisa não implica na outra. Assim, os militares, os professores e demais funcionários desejam um padrão salarial compatível com seu nivel intelectual. Daí as greves. O governo Cid em todas as greves anteriores nao acatou essas reivindicação, usando da força política que o controle do Estado lhe garante - no Ceará, toda greve é declarada ilegal por um Judiciário submisso (com honrosas excelões). No caso da polícia, a coação da Justiça é pequena, pois conforme interpretam os juristas, os militares não podem fazer greve. Assim, é pouco importante qualquer decisão da Justiça condenando a greve militar. A coação de Cid não está dando certo. As pressões sobre o governador são grandes. A negociação, cada vez mais, é o caminho mais lógico a seguir. Cid deveria ter feito isso logo no comço da greve. Não teve a perspicácia de perceber como é sensivel e imediato para as pessoas a segurança, já que todos são atingidos. O desgaste político do governador foi grande.  "(Palavras de um colega de Profissão.)

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