Senhores(colegas) professores.
Lembro-me, muito bem, de quando era criança, ainda aluno no 4º ano do fundamental I, que , por varias vezes, fui obrigado a permanecer na classe após o tempo normal de aula( nunca fui um aluno exemplar), pra que pudesse estudar, até decorar as questões que minha professora de Geografia exigia que eu solbesse: o que era um ISTMO, ESTREITO, PICOS ALTOS, NOMES DE CAPITAIS DE PAÍSES.
Geralmente, em um tempo não muito distante o ensino de Geografia, no Brasil, teve que se limitar a informar nomes de acidentes geográficos. Os alunos apreenderiam o nome do maior rio do Brasil, dos seus afluentes; o nome das serras, das cadeias e das cordilheiras de várias regiões do mundo, os nomes e alturas das principais montanhas, e os nomes das capitais. Dificilmente trabalhavam diferenças economicas de produção, econômia de diferentes países.
O ensino se reduz a explicitar a realidade de um espaço morto ou de uma natureza sem dinamismo, a Geografia se transforma ano a ano, num espécie de sofrimento para o estudante. Isto porque se ignora o fundamental, no ensino dessa disciplina, ou seja, que o aluno deve compreender o espaço não como algo parado que existe para ser descrito, mas como uma realidade viva que está sendo construida pelos homens. O ESPAÇO GEOGRÁFICO É O ESPAÇO OCUPADO PELO HOMEM, E , PORTANTO, TRANFORMADO POR ELE. Este processo de transformação ocorre quando o homem produz bens, constrói estradas, incorpora instrumento que estabelecem ligações entre varias regiões.
A Geografia deve ser uma ciência viva, na qual as montanhas, os rios, as florestas, as paisagens, as cidades, enfim, sejam compreendidas na sua importancia. Não restringindo-se a conceitos FRIOS. São importantes na medida socialmente e passam a ter uma relação vital com o homem que está construindo e reconstruindo o espaço.
É está a Geografia que devemos ensinar e não uma espécie de ciência morta, desnecessaria, que exige do educando apenas a memorização de certas informações para serem repetidas numa prova final, porque um professor ou um livro as julga importante.
E nessa filosofia que resolvi ser professor, talvez, não para quebrar paradigmas. Mais sim, para fazer de uma ciência tão importante que é a Geografia, a ser respeitada em todos os seus niveis. Sei que está longe ainda de chegar a onde eu quero! Mais faço a minha parte, faço da minha realidade o sonho execultado. Espero que os colegas que ministram a ciência geográfica esteja dispostos a ter uma filosofia voltada para realmente expandir os conceitos que nos escolhemos estudar, e não se omitir por certos modelos ideologicos, economicos e sociais.
Bom texto. Boa ideia.
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