Geografista

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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A MAQUIAGEM DA FORTALEZA BELA


È notório que 2014 já está batendo na porta dos fortalezenses, as intervenções da copa do mundo já viraram rotina em nossa cidade. O que se observa é que o investimento privado está roteando toda a cidade da capital do Cearense. É fato que nós seremos a primeira cidade sede a entregar as reformas do estádio castelão com as exigências da FIFA.

Mais todos esses investimentos escondem verdades em que a população não tem acesso, e acaba por criar um “ar” de idealismo que o desenvolvimento e o crescimento econômico iram finalmente chegar a Fortaleza. As modificações nos espaços da cidade estão longe de chegar ao ideal, explica-se pela falta de diálogo do governo do estado e da prefeitura de Fortaleza. Observa-se que as obras de competência do excelentíssimo senhor governador já estão bem avançadas no quesito de entrega, o estádio Castelão já se encontra com 50% de suas obras feitas. Diferentemente é o que se encontra as ruas de Fortaleza. Observamos nesse começo de ano a ordem de serviço das primeiras obras de mobilidade. Serão intervenções na Via Expressa e nas avenidas Alberto Craveiro, Dedé Brasil e Paulino Rocha, num valor superior a R$ 145 milhões. Essas vias serão beneficiadas com melhorias na drenagem, na malha viária, na sinalização e na iluminação pública. No total, o investimento chega a R$ 261,5 milhões. A assinatura faz parte da programação da visita de representantes da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa. Além disso, várias secretarias municipais preparam nossa cidade para o torneio mundial. É o caso dos programas Transfor, Drenurb e Preurbis na área de infraestrutura. O problema a ser superado pelos órgãos públicos competentes é a falta de pontualidade nas entregas de obras, hoje encontramos grandes obras paradas ou totalmente atrasadas por falta de planejamento ou pelas empreiteiras refazerem os seus orçamentos nas obras.

A grande pergunta que surge nesse contexto é que se essas obras realmente serão de acesso a toda a população? A grande questão a ser resolvida já se apresenta uma resposta definitiva, que a COPA DE 2014 NÃO SERÁ PARA A PARCELA MAIOR DA POPULAÇÃO! Isso se concretiza pelo fato das empresas organizadoras (FIFA, COCA-COLA, SONY, LG entre outras) colocam os seus “investimentos”, que na maioria das vezes é publico, a um marketing para venda de seus produtos. E é uma questão logica que a população menos favorecida não terá o acesso a essas dependências turísticas, pelo fato da falta de CAPITAL.

Outras questões devem ser analisadas com bastante critério, uma diz respeito a questão ambiental, que no caso essas intervenções estão longe de serem constitucional a legislação ambiental e a outra ao desrespeito da remoção da população em torno ao estádio.
Logico que não seremos hipócritas ao ponto de não querermos um evento dessa magnitude em nossa cidade. Isso trará uma visibilidade muito maior, fazendo com que as desigualdades sociais diminuam. Fortaleza vive um momento jamais vivido, mais mesmo assim não conseguiu quebrar os paradigmas de seu sucateamento social.

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